Sobre o HIV e a AIDS
Ter a infecção pelo HIV é a mesma coisa que ter aids?
Uma dúvida frequente que pode acontecer é esta. Mas a resposta é não. O HIV é o vírus causador da aids. O indivíduo após se infectar pelo HIV, passa por diferentes estágios da infecção até chegar ao estágio mais avançado que é a aids. Em geral as pessoas podem viver anos sem manifestar sintomas e sem desenvolver a doença. A infecção pelo HIV segue com diferentes apresentações clínicas, desde a fase aguda até a fase avançada, que se caracteriza por uma contínua e progressiva deficiência imunológica, ou seja as barreiras de proteção do corpo vão diminuindo cada vez mais, e pode variar com relação à intensidade dessa diminuição entre as pessoas 4. Em indivíduos não tratados, estima-se que o tempo médio entre o contágio e o aparecimento da doença seja em torno de dez anos. 5
O que é HIV?
Você já deve ter ouvido falar em HIV. Mas, sabe o que significa?
O HIV significa vírus da imunodeficiência humana, em inglês. Esse vírus, ataca principalmente as das células de defesa do corpo, sendo a principal delas os linfócitos TCD4+ (glóbulos brancos) do sistema imunológico, que são os responsáveis pela defesa do nosso organismo contra doenças. O vírus é capaz de alterar essa célula ao nível do DNA e utiliza-lo para fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção ¹. O HIV é um retrovírus na subfamília dos Lentiviridae. Uma característica importante dele é o período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença.¹
Quando o HIV entra no organismo humano, ele entra nas células de defesa do corpo, para isso, continuam tendo como alvo os linfócitos TCD4+, bem como outras células imunes (macrófagos, especialmente), para assim fazer cópias de si mesmo (replicar) e causar uma infecção.
Como acontece a replicação?
O vírus possui em sua estrutura o que podemos chamar de peça de quebra cabeça que é feita para encaixar em uma célula do nosso corpo (célula CD4), sendo a estrutura do vírus chamada de glicoproteína gp120, após o encaixe e fusão dessa peça o HIV entra na célula e assume o controle dela começando imediatamente a se replicar utilizando parte do DNA celular do indivíduo, o nosso DNA! Novas cópias do vírus são então liberadas no sangue até que todas as células nossas com encaixe da peça de quebra cabeça se esgotam, assim as defesas diminuem e os sintomas agudos de HIV/ aids começam a aparecer. ²
O HIV pode se replicar por um a três dias sem interrupção, pode então se espalhar para outras partes do corpo através do sangue e estabelecer uma infecção. As defesas do corpo, às vezes são capazes de derrotar o HIV antes que ele se espalhe e cause uma infecção permanente. Fazer uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ou Profilaxia Pós-Exposição (PEP) também pode impedir o HIV de se replicar e ser capaz de estabelecer uma infecção permanente.
A janela imunológica é o tempo que ocorre entre a infecção pelo HIV no corpo até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV realizado por teste rápido ou convencional que são produzidos pelo nosso sistema de defesa.6
Na maioria dos casos, a duração da janela imunológica é de 30 dias (um mês)6. Porém, esse período pode variar, dependendo da reação de combate do organismo do indivíduo frente à infecção e do tipo do teste realizado, podendo o teste variar de método ou modelo e tendo diferente sensibilidade de teste, ou seja se é mais ou menos sensível ao tentar detectar o vírus ou parte dele no sangue.
Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja infectada. Então se recomenda a repetição do teste após este período.
Recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra 6.
É importante ressaltar que, no período de janela imunológica, o HIV já pode ser transmitido, mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV esteja não reagente 6.
Como evolui a infecção pelo HIV?
A infeção por HIV evolui em três fases, em particular na ausência de tratamento.
Infecção Aguda (3 a 6 semanas após a infecção)
A infecção aguda ocorre nas primeiras semanas da infecção pelo vírus, quando ele está sendo replicado intensivamente nas células. Durante essa fase, a carga viral é alta e as células de defesa – os linfócitos TCD4+ – diminuem, pois estão sendo atacados para a reprodução do HIV. Nesta fase a pessoa pode ou não apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, aumento dos linfonodos (popularmente conhecido como “ínguas”), dor de garganta, exantema (irritação na pele), dor no corpo e suor excessivo. Nesse momento, os infectologistas consideram que a pessoa está com a carga viral alta o bastante para infectar outras pessoas. 4,7
Fase Assintomática ou Latência Clínica
Após a fase aguda, a infecção pelo HIV passa a ser chamada de fase assintomática ou infecção crônica. Durante essa fase, o HIV ainda está ativo, mas reproduz em níveis muito baixos, além de ser marcado por forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações virais. O HIV continua presente no corpo após a fase inicial, reproduzindo-se, embora em concentrações reduzidas. Apesar de ser uma fase em que a pessoa não tem sintomas, continua a poder transmitir o vírus para outras pessoas. Sem tratamento, a infeção continua a progredir e após 10-12 anos causa a aids.4,7
Aids
A aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Ela representa o estágio mais avançado da infecção por HIV, e é caracterizada pela manifestação clínica (sinais e/ou sintomas) característicos em cada fase da aids. O diagnóstico da aids é estabelecido quando uma pessoa com HIV tem uma contagem das células CD4 inferior a 200 células/mm3 e/ou infeções oportunistas. 8
Na fase aids os indivíduos apresentam uma redução das células de defesa. O HIV infecta nossos linfócitos TCD4 para se replicar reduzindo para números muito baixo (número de células CD4) abaixo de 200 células por milímetro cúbico de sangue (200 células/mm3), sendo que o normal é a contagem entre 500 e 1.600 células/mm3. Além disso, o indivíduo pode também independentemente do número de CD4 apresentar uma ou mais doenças oportunistas. 7
Em tratamento, as pessoas que são diagnosticadas com aids normalmente sobrevivem cerca de 3 anos. A expectativa de vida, sem tratamento, cai para cerca de um ano. 9
HIV tem cura?
Apesar de muitos avanços científicos, até o momento ainda não existe cura para a infecção pelo HIV. Entretanto, fazer uso da terapia antirretroviral (TARV) prolonga a vida, diminui a chance de desenvolver doenças graves e diminui a transmissibilidade. Faça o teste! Quanto mais cedo descobrir, melhor vai ser. 7
USP participará de rede Global para encontrar a cura do HIV.
CROI 2021: Onde estamos na busca pela cura do HIV?
ONDE ESTAMOS NA BUSCA PELA CURA?
Muito próximo da cura
https://www.unifesp.br/edicao-atual-entreteses/item/3574-muito-proximo-da-cura
Práticas Sexuais e a Transmissão do HIV, que relação é essa?
A infecção pelo HIV é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) pois pode ser transmitido durante a atividade sexual. No Brasil, a principal via de transmissão do HIV é pela via sexual 10. Por isso focamos aqui no portal de informação sobre a transmissão do HIV por via sexual. Vale lembrar que o risco de aquisição do HIV é resultado de uma combinação de fatores socioestruturais, comportamentais e biológicos.
A transmissão ocorre quando em um fluido corpóreo (ou seja, sêmen, líquido pré-seminal, fluido vaginal ou retal) ou sangue contendo o vírus entra em contato com uma membrana mucosa de uma pessoa HIV-negativa. Para que a transmissão ocorra, um desses fluidos, devem conter quantidades suficientes de HIV. Quando isso acontece, o vírus deve superar as defesas naturais do corpo antes que ele possa estabelecer uma infecção permanente.
Assim pega:
- Sexo vaginal sem camisinha;
- Sexo anal sem camisinha;
- Sexo oral sem camisinha;
- Uso de seringa por mais de uma pessoa;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Assim não pega:
- Uso correto da camisinha;
- Masturbação a dois;
- Beijo no rosto ou na boca;
- Suor e lágrima;
- Picada de inseto;
- Aperto de mão ou abraço;
- Sabonete/toalha/lençóis;
- Talheres/copos;
- Assento de ônibus;
- Piscina;
- Banheiro;
- Doação de sangue;
- Pelo ar 12
Para que a transmissão do HIV ocorra, certas condições devem existir 13:
- Deve haver uma quantidade suficiente do vírus em determinados fluidos corporais. Os fluidos corporais que contêm HIV suficiente para transmitir o vírus são: sangue, sêmen, líquido pré-seminal, fluido retal, fluido vaginal e leite materno;
- O HIV só pode ser transmitido quando o vírus em um desses fluidos entra na corrente sanguínea de uma pessoa HIV-negativa, seja através da pele não intacta (feridas e/ou lesões) ou passando pelas membranas mucosas;
- O vírus deve superar as defesas imunológicas inatas, que são a primeira linha de defesa do corpo, para que então a infecção possa ser estabelecida e propagada;
- A quantidade de vírus no sangue e outros fluidos corporais de uma pessoa com HIV é conhecida como a carga viral. Quando uma pessoa tem uma concentração menor do vírus do que esses limiares – chamamos de carga viral indetectável.
Indetectável = Intransmissível
Ter uma carga viral indetectável elimina a chance de transmitir o HIV. A carga viral pode se tornar indetectável se aderir a pessoa soropositiva ao HIV aderir ao tratamento. 14
Diversos fatores podem aumentar ou diminuir o risco de transmissão sexual do HIV. Dentre eles estão:
- carga viral (a quantidade de HIV presente no sangue e fluidos corporais): é um dos fatores mais importantes;
- danos e inflamação dos tecidos ou membranas mucosas;
- danos ou traumas nas membranas genital, retal ou oral mucosa de uma pessoa HIV-negativa facilitam a entrada do HIV em seu corpo;
- a inflamação pode aumentar a quantidade de células imunes na membrana mucosa. O HIV pode infectar essas células e usá-las para fazer cópias adicionais de si mesma. Tanto danos quanto inflamações podem ser causados por infecções sexualmente transmissíveis (IST) e atrito durante a prática sexual;
- prática sexual pode interferir no risco de transmissão 15.
- Carga Viral
A carga viral significa a quantidade de vírus do HIV existente no corpo. Quando avaliamos a carga viral, significa que estamos medindo a quantidade de vírus no sangue. O ideal é que a carga viral plasmática do HIV esteja em uma quantidade “indetectável”, ou seja, abaixo de 40 cópias/mm³. A carga viral é um fator importante para a transmissão do HIV pois quanto mais vírus estiver circulando no sangue, maior a chance de transmiti-lo durante o sexo. Estudos mostram que o HIV não é transmitido durante a atividade sexual quando a pessoa que vive com o vírus está regularmente em uso de medicações antirretrovirais e com carga viral indetectável por no mínimo seis meses 18.
Por isso é tão importante tomar as medicações do HIV todos os dias e manter a carga viral indetectável!
- Presença de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST):
A presença de algumas IST (por exemplo a sífilis, gonorreia, clamídia e outras) tem sido associada a uma maior chance de transmissão do HIV durante a atividade sexual. Principalmente aquelas que causam lesões genitais (considere aqui lesões como feridas, bolhas, pústulas, etc). Isso porque a presença dessas IST, quando não tratadas, causam inflamações nas células do pênis/vagina/ânus que favorecem a passagem do HIV por ali 18, 19.
Por isso é importante fazer o teste das outras IST frequentemente. Pois, quanto mais cedo for identificado a infecção, mais cedo inicia-se o tratamento e consequentemente diminui a chance de outros agravos.
-
Uso de álcool e drogas:
Pessoas que fazem uso de álcool ou drogas podem ter maior risco de contrair ou transmitir o HIV. Isto acontece porque quando você ingere grande quantidade de álcool, a chance aumenta de você tomar decisões que o colocam em risco de contrair o HIV, como fazer sexo sem usar preservativo ou esquecer de tomar o medicamento para prevenir ou tratar o HIV. Além disso, as pessoas que injetam drogas correm o risco de contrair ou transmitir o HIV se compartilharem agulhas ou seringas 20.
Além disso, há uma série de fatores comportamentais que podem aumentar a chance de uma exposição ocorrer:
- Número de parceiros sexuais: quanto maior o maior número de parceiros sexuais maior é a chance de exposição ao HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis 17.
- Falta ou uso inconsistente do preservativo ou não uso de outras estratégias de prevenção como a PEP ou PrEP 17.
Embora a transmissão do HIV possa ocorrer em qualquer momento do processo da doença do HIV, o risco é maior na fase aguda – ou seja nos estágios da infecção, por exemplo, e mais tarde novamente durante a fase sintomática ou aids ou quando a pessoas tem a carga viral alta.
Referências
¹ BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. O que é HIV. 2021. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv
² SOARES, R.; ARMINDO, R.D.; ROCHA, G. A imunodeficiência e o sistema imunitário. O comportamento em portadores de HIV. Arquivo de Medicina., v.28, n.4, p.113-121, 2014. Disponível em:https://www.researchgate.net/publication/270006021_A_imunodeficiencia_e_o_sistema_imunitario_O_comportamento_em_portadores_de_HIV
3 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Profilaxia Pré Exposição. 2021. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/profilaxia-pre-exposicao-prep
4 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Sintomas e fases da aids. 2021. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/sintomas-e-fases-da-aids
5 COORDENADORIA de Atenção Primária. Fluxograma HIV. Disponível em: http://smscap31.com.br/fluxogramas/tecnicos/hiv/1-introducao.php
6 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. O que é Janela Imunológica? 2021. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/faq/o-que-e-janela-imunologica
7 UNAIDS. Informações Básicas. 2021. Disponível em: https://unaids.org.br/informacoes-basicas/
8 BRASIL. Aids/HIV: o que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. 2021. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/aids-hiv
9 MD, CASEY L SMILEY; ET AL. Estimated life expectancy gains with antiretroviral therapy among adults with HIV in Latin America and the Caribbean: a multisite retrospective cohort study. v. 8, issue 5. 2021
10 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Epidemiológica. Boletim Epidemiológico. HIV/AIDS 2020. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/boletim-epidemiologico-hivaids-2020
11 FIOCRUZ. HIV (AIDS): sintomas, transmissão e prevenção. 2018. Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/sintomas-transmissao-e-prevencao-nat-hiv
12 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. O que é HIV. 2021. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv
13 BARRÉ – SINOSI, F.; KARIM, S.S.A.; ALBERT, J.; BEKKER, L.G.; BEYRER, C.; CAHN, P. et al. Expert consensus statement on the science of HIV in the context of criminal low. J. Int. AIDS Soc. v.21, n.7, 2018. doi: 10.1002/jia2.25161. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30044059/
14 Rodger, A.J.; Cambiano, V.; Bruun, T.; Vernazza, P. Collins, S.; Degen, O. et al. Risk of HIV transmission through condomless sex in serodifferent gay couples with the HIV-positive partner taking suppressive antiretroviral therapy (PARTNER): final results of a multicentre, prospective, observational study. Lancet., v.15, n.393 (10189), p.2428-2438, 2019. doi: 10.1016/S0140-6736(19)30418-0. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(19)30418-0/fulltext
15 RAMOS, RAQUEL CONCEIÇÃO DE ALMEIDA. Práticas de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis entre estudantes universitários. Texto contexto – enferm., v.29, 2020. https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2019-0006
16 CDC. HIV Transmission Topics. https://www.cdc.gov/hiv/basics/transmission.html
17 PATEL, P.; BORKOWF, C.B.; BROOKS, J.T.; LASRY, A.; LANSKY, A.; MERMIN, J. Estimating per-act HIV transmission risk: a systematic review. AIDS., v.19, n.28, p.1509-1519, 2014. doi: 10.1097/QAD.0000000000000298 Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6195215/
18 RHODES, J. W.; BOTTING, R.A.; BERTRAM, K.M.; VINE, E.E.; RANA, H.; BAHARLOU, H. et al.. Human anogenital monocyte-derived dendritic cells and langerin+cDC2 are major HIV target cells. Nature communications, v. 12, n. 2147, 2021. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41467-021-22375-x
19 GRAY, C. M.; O’HAGAN, K.L.; LORENZO-REDONDO, R.; OLIVIER, A. J.; AMU, S.; CHIGORIMBO-MUREFU, N. et al. Impact of chemokine C-C ligand 27, foreskin anatomy and sexually transmitted infections on HIV-1 target cell availability in adolescent South African males. Mucosal immunology, v. 13, n. 1, p. 118–127, 2020. https://doi.org/10.1038/s41385-019-0209-6 Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31619762/
20 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Redução de danos. 2021. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv