Sofrimento social e ajuda mútua entre pessoas que vivem com HIV/aids em uma rede social na internet (2017 – atual)
Este projeto de pesquisa tem como objetivo compreender as formas de enfrentamento de experiências de sofrimento social entre pessoas que vivem com HIV/aids produzidas no contexto de ajuda mútua compartilhado numa rede social na internet. Tal análise se fundamentará nas contribuições teóricas da antropologia do sofrimento e na antropologia das emoções, bem como suas interlocuções com o campo da saúde, em geral, e da saúde mental, em particular. Trata-se de etnografia virtual a ser conduzida num grupo fechado de pessoas vivendo com HIV/aids na rede social Facebook. O trabalho de campo será conduzido no período de agosto de 2018 a junho de 2019. Para a coleta de dados serão empregadas as seguintes técnicas de pesquisa: observação participante on-line, entrevistas individuais e análise documental do conteúdo da página do grupo. As informações coligidas por meio dessas técnicas serão registradas em diários de campo, em áudio e em arquivos de textos, respectivamente. Os dados serão processados no software NVivo 11 Plus e, posteriormente, analisados e interpretados. Com os resultados deste estudo espera-se contribuir para a compreensão das formas de sofrimento social e os agenciamentos para seu enfrentamento entre pessoas que vivem com HIV/aids, bem como produzir evidências simbólicas que fomente a formulação de políticas públicas e a humanização do cuidado em saúde.
Financiamentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio à Pesquisa – Regular (Processo nº 2018/07846-6 – vigência: 01/10/2018 a 30/09/2020); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Auxílio financeiro – Edital Universal, Chamada MCTIC/CNPq Nº 28/2018 – Universal/Faixa A – Até R$ 30.000,00 (Processo nº 430361/2018-1 – vigência: dez/2018 a 2021).
Projeto (in)frente – Escalas do cuidado e trabalho de enfermagem na pandemia de COVID-19: experiências e sentidos localizados (2020 – atual)

O objetivo do Projeto (in)frente é reunir enfermeiras/os que atuam na chamada “linha de frente” da pandemia de COVID-19 – síndrome respiratória causada pelo novo coronavírus – na produção de diários pessoais registrados em áudio ou por escrito. A proposta é estimular as/os interlocutores na produção dessas reflexões tendo como foco suas experiências e sentidos emergidos no cotidiano do trabalho de enfermagem relacionado ao combate à pandemia e ao cuidado (direto ou indireto) das pessoas adoecidas. A partir desse material, pretende-se fazer análises que permitam integrar as escalas locais da produção de cuidado às globais. Assim, espera-se girar a lente para aquelas/es que se vêem envolvidos em diversos serviços de saúde, problematizando, dessa forma, as interrelações entre discursos oficiais, institucionais e as experiências situadas dessas/es enfermeiras/os.
Doença, ativismo e processos de subjetivação: representações e experiências de pessoas que vivem com HIV/aids (2017 – atual)
Trata-se de projeto de pesquisa temática submetido à Pró-reitoria de Pesquisa da UFRN cujo objetivo é analisar a configuração do (novo) ativismo em HIV/aids no Brasil tendo em vista o momento de ?maturidade? da epidemia e de acesso ampliado às redes e mídias sociais. O referencial teórico serão estudos do campo das ciências sociais e humanas em saúde sobre HIV/aids, representações sociais e experiências com adoecimentos de longa duração, movimentos sociais. Do ponto de vista metodológico, será empregado o referencial da etnografia virtual. Os interlocutores serão pessoas que vivem com HIV/aids, independente do tempo de diagnóstico, que mantém iniciativas individuais e/ou coletivas em redes e mídias sociais sobre HIV/aids; e pessoas que frequentam, seguem ou curtem essas páginas em redes e mídias sociais e que deixam suas contribuições no formato de publicações e de comentários às postagens do autor da página. Como técnicas de coleta de dados serão empregadas: observação participante on-line, análise documental de publicações on-line, entrevistas individuais on-line e fóruns on-line. O material produzido em campo será registrado em diário e analisado por meio do software QSR NUD*IST NVivo 10.