

SEXUALIDADE: VIVÊNCIA POSITIVA
Depois do HIV como fica minha sexualidade?
É normal sentir medo e não querer uma vida sexual com ninguém?
E agora, não posso mais fazer sexo?
Por onde começar? O que preciso saber?
Quais são as medidas de prevenção?
Como sei qual o melhor método para mim?
Quando devo usar o preservativo?
Preciso me cuidar mesmo se meu parceiro/minha parceira também tiver HIV/aids?
O preservativo feminino é a mesma coisa do masculino?
Quais cuidados devo ter com o preservativo feminino ou masculino?
Qual a prática sexual de maior risco?
Preciso me proteger mesmo se for só sexo oral?
E quando a carga viral está indetectável, existe perigo de contaminação?
Quando o risco de transmissão sexual do HIV diminui?
O que fazer para tornar a prevenção mais fácil entre o casal?
O que devo fazer se tenho relacionamentos com parceiros casuais?
Quando meu parceiro/minha parceira deve fazer o teste de HIV?
Quando e porque procurar o aconselhamento de casais?
O que é PEP e para quem é indicada?
Se meu parceiro/minha parceira não tem HIV, deve utilizar a PEP somente se souber que tenho HIV?
O tratamento por um mês pode ter efeitos adversos?
Esta cartilha educativa foi construída com o objetivo de fornecer recomendações gerais e práticas de hábitos saudáveis que promovam a saúde e qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/aids.
Sua elaboração é resultado de um estudo científico (dissertação de Mestrado) denominado “Construção e Validação de cartilha Educativa com enfoque na saúde e qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/aids”. É a concretização de um sonho de muitas pessoas, que diante o viver com HIV/aids gostariam de ter um material de apoio que pudessem levar para casa e ler mais tranquilamente.
Nós enfermeiras, equipe de saúde e pessoas que vivem com HIV/aids construímos juntos esta cartilha, na expectativa que ela seja um instrumento de apoio no cuidado a saúde e promoção de qualidade de vida as pessoas que vivem com HIV/aids, trazendo informações que possam sanar dúvidas e despertar escolhas na transformação das práticas cotidianas, encorajando as pessoas que vivem nesta condição a ser tornarem agentes de mudança e protagonistas de sua história.
Dividida em 5 volumes, a cartilha buscou abordar temas de acordo com as experiências, necessidades e demandas na perspectiva das pessoas que vivem com HIV/aids, trazendo informações baseadas nos resultados dos estudos científicos e recomendações do Ministério da Saúde, afim de ajudar você a obter informações que possam contribuir na adesão ao tratamento mas, sobretudo na tomada de decisão para fazer suas escolhas sobre como viver melhor com o HIV/aids de maneira a alcançar saúde e qualidade de vida. Para tanto, utilizamos linguagem de fácil compreensão, no formato de pergunta/resposta.
Ao longo deste material você encontrará caixas coloridas com orientações nas cores do semáforo (amarelo, verde e vermelho). Preste muita atenção, a caixa em amarelo significa uma informação muito importante; vermelho uma orientação para você refletir e verde uma recomendação que você deve seguir para melhorar ainda mais sua qualidade de vida frente a uma determinada situação.
Encontrará também fotografias ilustrando os temas abordados. É importante destacar que todas as fotografias são meramente ilustrativas, construídas com a participação de profissionais do serviço de saúde, alunos, amigos e colaboradores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.
Dessa maneira, a expectativa é de que este material, por meio de orientações, auxilie você na adoção de um estilo de vida saudável, buscando promover melhoria da qualidade de vida sem proibir suas escolhas e opções.
Procure ler sempre que tiver dúvidas ou precisar retomar alguma informação de como viver melhor com HIV/aids.
Ressaltamos que esta cartilha não pretende resolver todas as dúvidas que você possa ter e não se destina a substituir o aconselhamento e o diálogo com seu médico ou equipe de saúde, ao contrário, queremos estimular você a buscar sempre mais informações, contando também com o apoio e orientação da equipe de saúde nesta caminhada.
Acreditamos que com a adoção de hábitos saudáveis sua qualidade de vida pode melhorar e sua saúde ficar cada vez mais forte. O nosso compromisso é apoiar e ajudar você a fazer escolhas conscientes.
Caso você tenha dúvidas que não se encontram neste material, não hesite em perguntar a equipe de saúde e entrar em contato conosco, para serem acrescidas às edições posteriores. Você pode mandar as dúvidas pelo email: giselle.nana@gmail.com.
Deixamos aqui, registrados, nossos mais sinceros agradecimentos a todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para o desenvolvimento deste material. Em especial aos pacientes Ruy Rego Barros e Maria Rita Alves Lemes, que desde o início não hesitaram em dar seu depoimento de vida e participar das sessões de fotos mostrando seus rostos, representando todas as pessoas que vivem com HIV/aids.
Giselle Juliana de Jesus | Renata Karina Reis
Qualidade de vida é definida como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Podemos dizer que ter qualidade de vida de maneira geral envolve um bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, ter um nível de independência como cuidar de si mesmo, manter relacionamentos sociais, como família e amigos, e também a saúde, a educação, espiritualidade, religião e crenças pessoais como outros aspectos que afetam a vida humana.
Para alcançar uma boa qualidade de vida, você deve manter ou incluir hábitos saudáveis no seu dia-a-dia, como: Ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios, manter relacionamentos saudáveis, cuidar da sexualidade, tirar um tempo para o lazer e vários outros hábitos que façam você se sentir bem.
Em poucas palavras é preciso ter um bom estilo de vida!
A seguir você encontrará orientações importantes para elevar sua qualidade de vida e o seu bem estar.
Boa Leitura!
Como em qualquer outra situação nova da vida, é completamente normal sentir medo no viver com HIV/aids. Sentimentos como o medo fazem parte dos problemas enfrentados pelas pessoas que vivem com HIV/aids na vivência de sua sexualidade. O medo transmissão do HIV seja para seu parceiro/sua parceira (transmissão sexual) ou no caso das mulheres grávidas para o bebê (transmissão vertical), podem contribuir com o seu desejo de não querer mais uma vida sexual com nenhuma pessoa e, ainda existe muitos sentimentos de culpa que podem levar você a acreditar que não pode se relacionar como mais ninguém.
É claro que pode! O sexo é fundamental para a vida e para a saúde de qualquer pessoa. Para você não poderia ser diferente! As pessoas vivendo com o HIV/aids podem continuar se relacionando amorosamente com pessoas sorodiferentes (quando os dois tem o HIV) ou mesmo com pessoas sorodiferentes (quando uma pessoa tem o HIV e a outra não). Os relacionamentos entre casais sorodiferentes são cada vez mais frequentes e, é possível manter um relacionamento, afetivo-sexual, afinal o amor nao depende do status sorológico. E para a prevenção basta o casal conhecer e adotar cuidados que diminuam o risco de transmitir o HIV. Diminuindo as chances de transmissão ou reinfecção do HIV, bem como de outras infecções sexualmente transmissíveis.
Antes de qualquer coisa, você precisa estar bem informado. Conhecer os métodos de prevenção e os cuidados que deve adotar é o primeiro passo para diminuir os riscos de transmissão e de reinfecção por HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). É direito de todas as pessoas ter acesso a informação clara e exata sobre a aids.
A informação é um caminho em direção a uma consciência crítica, que se traduz em fazer escolhas conscientes e, é o objetivo principal da promoção da saúde. Ter acesso à informação pode ajudar você a tomar decisões corretas, a ter empoderamento (consciência da realidade a sua volta). Poder olhar sua realidade com consciência crítica e ter a certeza da sua capacidade de mudar a favor da saúde. Tudo isso contribui para que você seja protagonista da sua saúde!
É muito importante compreender que ao se relacionar sexualmente, você deve cuidar não apenas da proteção do outro, mas da sua própria proteção. A reinfecção (entrada de novos vírus no seu organismo) provoca aumento na carga viral. Tudo isso aumenta as chances de você ter um vírus mais forte do que os seus medicamentos podem controlar. Quando isso acontece a eficácia do seu tratamento com os remédios antirretrovirais fica comprometida, e isso é muito ruim para você.
Quando você adota medidas para prevenir as infecções sexualmente transmissíveis (IST), você está impedindo a entrada do HIV no organismo de seu parceiro/sua parceira. Também está impedindo a sua reinfecção, ou seja, impede que mais vírus HIV entrem em seu corpo e possa prejudicar sua saúde.
Existem diversos métodos para a prevenção da transmissão sexual do HIV. A junção destes métodos preventivos hoje é conhecida como prevenção combinada. Essa prevenção combinada são formas para evitar a transmissão ou reinfecção do HIV e outras infecções transmissíveis pelo sexo, ou seja, são formas que existem para evitar que você passe o vírus para outra pessoa ou pegue outros vírus, além de outras infecções sexualmente transmissíveis, conhecidas como IST.
Não há uma regra. É importante você saber que o melhor método (ou métodos) será sempre aquele que se encaixar melhor à situação e contexto vivenciado por você e seus parceiros/suas parceiras sexuais ao longo da vida.
Para não ficar perdido e sem saber qual o melhor agora, tanto você quanto e seu parceiro/sua parceira podem e devem procurar os profissionais de saúde, para aconselhamento da melhor estratégia de prevenção a ser adotada por vocês.
O uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino é a principal estratégia de prevenção e oferece alta eficácia. Ele deve ser utilizado durante a prática de sexo vaginal, anal e também no sexo oral, porque o HIV pode ser transmitido para outra pessoa em qualquer forma de contato sexual em que a outra pessoa tenha contato com esperma, secreções vaginais ou sangramento menstrual.
É importante você saber que a combinação de medidas como o tratamento antirretroviral com o uso do preservativo feminino ou masculino e/ou a hierarquização de riscos (conhecer em quais praticas sexuais o risco de transmissão é maior ou menor), são medidas mais eficazes do que usar qualquer medida de prevenção sozinha.
É importante saber que o uso do preservativo é indispensável mesmo quando você e seu parceiro/sua parceira são soroconcordantes (quando as duas pessoas tem HIV/aids). Mesmo neste caso é preciso fazer uso do preservativo para prevenir você e seu parceiro/sua parceira de outras infecções sexualmente transmissíveis e principalmente da reinfecção (outro vírus no seu organismo). Sabe-se que a reinfecção é muito perigosa e pode levar a uma aceleração da deficiência do seu sistema imunológico (sistema de defesa do corpo), facilitando a ocorrência de doenças oportunistas. Por isso é necessário que você use o preservativo mesmo quando seu parceiro/sua parceira tiver ou não HIV/aids.
O primeiro passo para uma vida sexual e emocional, gratificante e prazerosa é ousar falar com seu parceiro. Por medo de ser rejeitado, este passo pode ser um pouco complicado para pessoas que vivem com HIV/aids, mas ainda sim é essencial como parte de um relacionamento longo.
Tanto o preservativo masculino como o feminino protege contra a transmissão do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis. O masculino deve ser colocado no início da relação. Já o feminino, tem duas opções, na hora ou até 8 horas antes da relação sexual. Sua principal vantagem é permitir às mulheres uma alternativa para sua proteção quando o parceiro não quer usar o preservativo masculino. Os dois são descartáveis e já vem com lubrificação, que serve para facilitar a penetração e aumentar a sensibilidade na hora da relação sexual.
A diferença é mesmo o tamanho de um para o outro. Não se assuste, pode confiar!
Na hierarquização de risco a prática do sexo anal desprotegido com ou sem lubrificante é a principal forma de transmissão do HIV. O risco aumenta para o envolvimento em práticas sexuais desprotegidas quando não conhecimento da sorologia. E a prática do sexo oral é a de menor risco de transmissão do HIV.
As práticas sexuais seguras (como penetração anal ou vaginal com uso de preservativo masculino ou feminino, masturbação mútua, carícias e beijos) protegem as pessoas que vivem com HIV/aids da reinfecção (ter outro vírus no seu organismo) pelo HIV e de se infectarem por outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) .
Pense no preservativo como forma de introduzir brincadeiras na transa e trazer mais consciência sobre sexo para os parceiros/as parceiras. Pensar assim, pode levar as pessoas a falarem sobre o assunto.
Nos últimos anos uma importante descoberta foi comprovada por estudos cientificos, que mostrou que as pessoas vivendo com o HIV/aids e que possuem carga viral indetectável, além de ter importante benecifio para a sua saúde e qualidade de vida, também tem uma menor chance de transmitir o HIV .
Pode ser surpreendente ouvir que a carga indetectável ajuda a reduzir o risco de transmissão do HIV em níveis muito baixos, ou mesmo insignificante, mas isso é verdade, graças ao novo conhecimento adquirido sobre a biologia da transmissão do HIV e surgimento de novas opções de prevenção.
Vários estudos mostram que a TARV pode reduzir o risco de transmissão do HIV em 90% ou mais, quando usado corretamente e de forma sustentada. Assim, ao lado do preservativo (masculino ou feminino), o tratamento contra o HIV, também é visto agora como uma ferramenta de prevenção. Já que uma pessoa que vive com HIV pode, por meio de seu tratamento, manter a carga viral a níveis indetectáveis, e, neste caso, não infectar seu parceiro/sua parceira.
O teste anti-HIV deve ser feito pelo menos 30 dias após uma situação de risco entre vocês. Entende-se por situação de risco as ocasiões em que o seu parceiro/sua parceira tiver contato com vírus, seja por meio de uma relação sexual sem camisinha, compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou reutilização de objetos cortantes.
Não se deve fazer o exame imediatamente após a exposição porque o organismo demora no mínimo 30 dias para reconhecer a presença de HIV na corrente sanguínea e, assim, começar a produzir anticorpos contra ele. Como os testes de diagnóstico buscam esses anticorpos na amostra de sangue colhida, se o exame for feito dentro deste período o resultado pode dar negativo mesmo que o seu parceiro/sua parceira já esteja com o vírus. A esses 30 dias dá-se o nome de janela imunológica.
Existem 4 tipos de testes, os testes convencionais, o teste rápido, o fluido oral e os testes confirmatórios.
TESTE CONVENCIONAL: Foi o primeiro a ser desenvolvido. Conhecido como Elisa, até hoje, ele é o mais utilizado para diagnosticar a presença ou não do HIV no organismo. É realizado em laboratórios ou postos de saúde da rede pública e privada. Demora alguns dias para ficar pronto e geralmente, é indicado por um clínico geral para ser feito juntamente com testes para identificar outras infecções sexualmente transmissíveis, ou, ainda, quando o médico pede um hemograma geral do sangue do paciente.
TESTE RÁPIDO: Funciona da mesma forma que o teste convencional, com a diferença de que o resultado sai no mesmo dia, cerca de trinta minutos até duas horas após a realização do exame. Isso permite que a pessoa fique sabendo do resultado no momento da consulta médica e receba o aconselhamento pré e pós-teste, muito importante para esclarecer dúvidas a respeito das formas de transmissão e também de tratamento. Para fazer o teste rápido, o seu parceiro/sua parceira precisa comparecer ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) mais próximo de sua casa. Nele, é possível fazer testes rápidos também para sífilis, hepatite B e hepatite C, e o melhor tudo de graça.
O atendimento nesses centros é totalmente sigiloso e oferece ao paciente o atendimento com um médico infectologista e também o aconselhamento com um profissional, independentemente do diagnóstico ser positivo ou negativo.
Importante: Há quem pense que o resultado do teste rápido, por sair bem mais rapidamente do que no teste convencional, não seja tão confiável e seguro. No entanto, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, assegura que a confiabilidade dos testes rápidos é exatamente a mesma que a dos outros testes oferecidos.
FLUÍDO ORAL: O teste de fluido oral é a mais recente modalidade de testagem incorporada à realidade brasileira. É realizado através de uma amostra do fluido presente na boca, principalmente das gengivas e da mucosa da bochecha, com o auxílio de uma haste coletora. O resultado sai em 30 minutos e pode ser realizado em qualquer lugar, dispensando estruturas laboratoriais. No entanto, o teste de fluido oral serve apenas como triagem para o paciente.
O fluido oral é uma novidade e ainda não foi incorporado totalmente à rede pública. Por enquanto, ele só está disponível em algumas farmácias e em ONGs parceiras do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, sendo utilizado principalmente por pessoas que, devido a inúmeros fatores sociais, possam estar sob maior de risco de contrair HIV. No entanto, quando estiver disponibilizado para todas as pessoas, o novo teste poderá ser utilizado até mesmo como autoexame – tal qual o teste de farmácia de gravidez.
TESTES CONFIRMATÓRIOS: São requeridos pelo médico quando um dos testes convencionais ou testes rápidos são positivos. Eles são necessários porque, algumas vezes, os exames podem dar resultados chamados de falso-positivos em decorrência de algumas doenças. Ao contrário do que acontece na primeira testagem, os exames confirmatórios não procuram por anticorpos contra HIV na amostra de sangue do paciente, e sim por fragmentos do próprio vírus. Com isso, é impossível que haja um erro no diagnóstico.
É importante que você com o seu parceiro/sua parceira busquem o aconselhamento de casais sempre que tiverem dúvidas e dificuldade de tomarem alguma decisão na vida sexual. O aconselhamento de casais pode criar um espaço onde os parceiros podem chegar a um acordo consensual sobre como reduzir o risco de transmissão do HIV e as formas de apoiar um ao outro no uso de estratégias de prevenção apropriadas.
Os profissionais de saúde também podem ajudar os casais a discutir questões potencialmente sensíveis relacionadas com a prevenção do HIV, tais como a intimidade sexual, a dinâmica do relacionamento e sobre parceiros sexuais fora do relacionamento.
O aconselhamento de casais pode ser mais eficaz em termos de reduzir o comportamento de risco conversando com o casal do que o aconselhamento individual de cada parceiro. Dessa forma, é muito importante que você e o seu parceiro busquem orientação juntos para conseguirem tomar decisões, tendo mais informações sobre as praticas preventivas.
Nesta caminhada o apoio dos parceiros soronegativos pode também desempenhar um papel importante no uso contínuo e adequado de uma estratégia de prevenção do HIV.
Sim. A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada para substituir Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque a pessoa pode ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
É importante saber que as infecções sexualmente transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.
Ter HIV pode aumentar os riscos de você ter outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Por outro lado, as infecções sexualmente transmissíveis (IST) aumentam as chances de uma pessoa se infectar pelo HIV por conta das lesões facilitam a entrada do vírus no organismo. É importante você saber que a pessoa que tem sífilis, por exemplo, têm 10 vezes mais riscos de se infectar pelo HIV; 6 vezes mais se tiver clamídia, 9 vezes mais se tiver herpes genital e até 18 vezes mais se tiver gonorréia, por conta das úlceras genitais.
A eficácia deste método de prevenção pode diminuir à medida que as horas passam, então, o ideal é que o início desse tratamento seja feito nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo até 72 horas. O tratamento com PEP dura por 28 dias.
O uso da PEP pode trazer alguns efeitos sim, mas são na maioria dos casos, eles nem aparecem, e quando aparecem somem rápido. Na consulta seu parceiro/sua parceira é informado sobre todos os possíveis efeitos colaterais e onde deve buscar ajuda caso eles apareçam.