Volume 1
Cuidando do Corpo
Ribeirão Preto, 2017

1ª edição

Giselle Juliana de Jesus             Renata Karina Reis

Volume 1
Cuidando do Corpo

Ribeirão Preto, 2017
1ª edição

Ficha catalográfica

Jesus, Giselle Juliana; Reis, Renata Karina.
Vivendo Posithivamente: Cartilha educativa para promoção da saúde e qualidade de vida de pessoas que vivem com HIV/aids. Ribeirão Preto-SP: FIERP, 2017
48p.:il; 27,2 cm.
Cartilha Educativa, produto da Dissertação de Mestrado apresentada a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP. Departamento de Enfermagem Geral e Especializada, 2017.
1ª Edição
ISBN Coleção: 978-85-922917-0-9
ISBN Volume 1: 978-85-922917-5-4
1.Enfermagem 2.Educação em saúde 3. Materiais de Ensino 4. HIV

Ficha técnica

Produção fotográfica
Giselle Juliana de Jesus

Fotografia
Marcelo Alonso – Serviço de Criação e Produção Multimídia – EERP/USP
Willians Braz Romano – Serviço de Criação e Produção Multimídia – EERP/USP Giuseppe Silva Borges de Stuckert
Giselle Juliana de Jesus

Design Gráfico
Carla Cristina Barizza – Serviço de Criação e Produção Multimídia – EERP/USP

Ilustração das mãos sinalizadoras – www.freepik.com

ISBN Coleção: 978-85-922917-0-9

Esta cartilha educativa foi construída com o objetivo de fornecer recomendações gerais e práticas de hábitos saudáveis que promovam a saúde e qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/aids.

Sua elaboração é resultado de um estudo científico (dissertação de Mestrado) denominado “Construção e Validação de cartilha Educativa com enfoque na saúde e qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/aids”. É a concretização de um sonho de muitas pessoas, que diante o viver com HIV/aids gostariam de ter um material de apoio que pudessem levar para casa e ler mais tranquilamente.

Nós enfermeiras, equipe de saúde e pessoas que vivem com HIV/aids construímos juntos esta cartilha, na expectativa que ela seja um instrumento de apoio no cuidado a saúde e promoção de qualidade de vida as pessoas que vivem com HIV/aids, trazendo informações que possam sanar dúvidas e despertar escolhas na transformação das práticas cotidianas, encorajando as pessoas que vivem nesta condição a ser tornarem agentes de mudança e protagonistas de sua história.

Dividida em 5 volumes, a cartilha buscou abordar temas de acordo com as experiências, necessidades e demandas na perspectiva das pessoas que vivem com HIV/aids, trazendo informações baseadas nos resultados dos estudos científicos e recomendações do Ministério da Saúde, afim de ajudar você a obter informações que possam contribuir na adesão ao tratamento mas, sobretudo na tomada de decisão para fazer suas escolhas sobre como viver melhor com o HIV/aids de maneira a alcançar saúde e qualidade de vida. Para tanto, utilizamos linguagem de fácil compreensão, no formato de pergunta/resposta.

Ao longo deste material você encontrará caixas coloridas com orientações nas cores do semáforo (amarelo, verde e vermelho). Preste muita atenção, a caixa em amarelo significa uma informação muito importante; vermelho uma orientação para você refletir e verde uma recomendação que você deve seguir para melhorar ainda mais sua qualidade de vida frente a uma determinada situação.

Encontrará também fotografias ilustrando os temas abordados. É importante destacar que todas as fotografias são meramente ilustrativas, construídas com a participação de profissionais do serviço de saúde, alunos, amigos e colaboradores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.
Dessa maneira, a expectativa é de que este material, por meio de orientações, auxilie você na adoção de um estilo de vida saudável, buscando promover melhoria da qualidade de vida sem proibir suas escolhas e opções.

Procure ler sempre que tiver dúvidas ou precisar retomar alguma informação de como viver melhor com HIV/aids.

Ressaltamos que esta cartilha não pretende resolver todas as dúvidas que você possa ter e não se destina a substituir o aconselhamento e o diálogo com seu médico ou equipe de saúde, ao contrário, queremos estimular você a buscar sempre mais informações, contando também com o apoio e orientação da equipe de saúde nesta caminhada.

Acreditamos que com a adoção de hábitos saudáveis sua qualidade de vida pode melhorar e sua saúde ficar cada vez mais forte. O nosso compromisso é apoiar e ajudar você a fazer escolhas conscientes.

Caso você tenha dúvidas que não se encontram neste material, não hesite em perguntar a equipe de saúde e entrar em contato conosco, para serem acrescidas às edições posteriores. Você pode mandar as dúvidas pelo email: giselle.nana@gmail.com.

Deixamos aqui, registrados, nossos mais sinceros agradecimentos a todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para o desenvolvimento deste material. Em especial aos pacientes Ruy Rego Barros e Maria Rita Alves Lemes, que desde o início não hesitaram em dar seu depoimento de vida e participar das sessões de fotos mostrando seus rostos, representando todas as pessoas que vivem com HIV/aids.

Abraços

Giselle Juliana de Jesus      |      Renata Karina Reis

Qualidade de vida é definida como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

Podemos dizer que ter qualidade de vida de maneira geral envolve um bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, ter um nível de independência como cuidar de si mesmo, manter relacionamentos sociais, como família e amigos, e também a saúde, a educação, espiritualidade, religião e crenças pessoais como outros aspectos que afetam a vida humana.

Para alcançar uma boa qualidade de vida, você deve manter ou incluir hábitos saudáveis no seu dia-a-dia, como: Ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios, manter relacionamentos saudáveis, cuidar da sexualidade, tirar um tempo para o lazer e vários outros hábitos que façam você se sentir bem.

Em poucas palavras é preciso ter um bom estilo de vida!

A seguir você encontrará orientações importantes para elevar sua qualidade de vida e o seu bem estar.

Boa Leitura!

Prefácio

Os desafios do Homem ao longo da história da humanidade sempre se voltaram à superação de seus conflitos internos. Atualmente, somos confrontados diante a correria e o estresse do cotidiano a resgatarmos a qualidade de vida que se perdeu em meio a tantas cobranças, responsabilidades e a uma liberdade manipulada. Nós colocamos vendas para não enxergarmos o horizonte e algemas para nos mantermos presos na condição em que vivemos. Em diversos contextos, o Ser Humano priva-se da possibilidade de buscar e viver alternativas e recursos para melhorar sua própria condição de vida.

Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) podem isolar-se na condição doença perdendo a oportunidade de ver a vida em sua forma mais ampla, vivendo presos a conflitos internos como arrependimento, medo e desesperança. Contudo, para darmos sentido ao momento em que vivemos, é imprescindível que ocorra mudanças de hábitos como em nossa forma de pensar, como nos vemos, nos sentimos, e como agimos. Enquanto respirarmos, é necessário vivermos a plenitude do Dom da vida!

O volume 1 desta cartilha é um convite as PVHA a olharem para suas vidas e transformá-las, retirarem as vendas dos olhos para contemplar as infinitas possibilidades de melhorarem sua qualidade de vida, bem como se libertarem das algemas e viverem uma nova vida, em que o arrependimento dá lugar a esperança e perseverança, o medo à coragem, e a tristeza à alegria. Neste primeiro volume são abordados dois temas: 1 – Alimentação saudável: tudo o que preciso saber; 2 – Exercício físico: ritmo para a vida. Adotando às orientações destes conteúdos através da mudança de hábitos, você sentirá os benefícios de uma vida mais saudável.

O objetivo deste volume é aproximar às informações apresentadas à rotina diária de PVHA. Você entenderá de que forma uma alimentação saudável pode ajudar seu corpo; como se alimentar bem; os benefícios de uma boa alimentação e como aproveitar melhor os alimentos. Ainda, compreenderá a diferença entre atividade física e exercício físico e porque o último pode dar um novo ritmo para sua vida; quais os exercícios físicos mais indicados; aprender que você também pode se exercitar fora de uma academia, e o que fazer para alcançar os benefícios da prática regular de exercícios físicos.

Ainda, é importante destacar que a alimentação saudável e a prática regular de exercício físico podem prevenir diversas comorbidades (ocorrência de doenças crônico-degenerativas) associadas ao processo de envelhecimento, que é uma fase da vida a qual cada vez mais PVHA tem vivenciado, e também no combate aos eventos adversos passíveis de ocorrência durante o tratamento farmacológico.

Orientamos e motivamos para que a leitura deste volume ocorra de forma ativa, ou seja, desafiamos você a colocar em prática no seu dia a dia cada novo aprendizado. Assim, este conteúdo que está agora em suas mãos fará sentido, pois você mudará seus hábitos de vida. Você será o responsável e se sentirá orgulhoso em promover as positivas transformações em sua própria vida.

Desejamos perseverança a todos para transformarem esta leitura em saudáveis hábitos diários!

André Pereira dos Santos

Profissional de Educação Física. Mestre em Ciências Médicas, área de investigação biomédica pela FMRP/USP. Doutorando no programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem da EERP/USP. Membro do GEPEATE da EEFERP/USP.

Thiago Cândido Alves

Profissional de Educação Física. Mestre em Educação Física pela UNIMEP. Doutorando no programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem da EERP/USP, Membro do GEPEATE da EEFERP/USP.

Dalmo Roberto Lopes Machado

Profissional de Educação Física. Doutor em Educação Física pela EEFE/USP. Livre Docente pela EEFE/USP. Professor Associado da EEFERP/USP. Orientador no Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem na EE/USP – EERP/USP e no Programa de Pós-Graduação da EEFERP/USP. Coordenador do GEPEATE da EEFERP/USP.

Ao longo dos anos, a atividade física e o exercício físico têm sido usados para impactar positivamente a saúde e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e, mais recentemente, tem sido associado a um leque de mudanças na composição corporal.

Atividade física e exercício físico são a mesma coisa?

Fazer atividade física e fazer exercício físico são coisas diferentes! Os termos (palavras) são usados muitas vezes como se fossem sinônimos (a mesma coisa). Eles apresentam algumas características em comum, mas são termos (palavras) com significados diferentes.

É importante que você saiba que Atividade física é qualquer movimento realizado pelos músculos do seu corpo e que tem gasto de energia. São atividades que realizamos sem um ritmo definido, como frequência (quantas vezes por semana); duração (quanto tempo fazer) e intensidade (quanto de energia seu corpo deve gastar).

São exemplos de atividade física, as atividades diárias, divididas em ocupacionais (trabalho), lazer, como a prática de esportes; domesticas, como a limpeza pesada da casa e atividades de jardinagem, e de deslocamento, por meio de caminhada ou bicicleta.

Já Exercício físico é todo movimento realizado pelo seu corpo de modo planejado, estruturado e repetido. É considerado um tipo de atividade física, mas que você realiza tendo um ritmo definido como frequência (quantas vezes por semana); duração (quanto tempo fazer) e intensidade (quanto de energia seu corpo deve gastar).

Por que além das minhas atividades físicas diárias preciso praticar exercício físico?

Muitas pessoas acreditam que só o trabalho diário já vale como exercício físico. Não se engane. Os benefícios para a saúde são maiores com a prática regular de exercício físico, sendo umas das principais maneiras de você prevenir doenças. A atividade física diária como passear com o cachorro, descer do ônibus uma parada antes para caminhar até em casa, subir e descer escadas, arrumar a casa e cuidar do jardim, fazem você movimentar o seu corpo e ser uma pessoa ativa. Isso também é bom para a sua saúde, mas o ideal é que você além de movimentar-se, comece a exercitar-se e ajude seu corpo alcançar todos os benefícios que o exercício físico pode trazer a sua saúde, entre eles o de evitar outras doenças.

É importante que você saiba que o ser humano tem como necessidade realizar exercício intenso. Os estudos reforçam essa necessidade, destacando o benefício de mantermos atividade moderada todos os dias como também a ideia de acumular tantos minutos de atividade muscular moderada ao longo do dia quando possível, tendo uma vida ativa.

Como a atividade física diária e o exercício físico podem ajudar na minha saúde?

As pessoas com HIV estão vivendo mais tempo com as consequências relacionadas à saúde do HIV, multi-morbidade (várias doenças) e envelhecimento. O exercício é uma estratégia chave que pode melhorar ou manter a saúde das pessoas que vivem com o HIV.

Quando bem orientado e recomendando pelos profissionais capacitados o exercício físico praticado regularmente traz inúmeros benefícios para a saúde e a qualidade de vida. Melhora o seu bem-estar geral, a sua capacidade funcional (capacidade de realizar as tarefas diárias), a sua aptidão física (capacidade de realizar exercícios) e sua saúde mental. Além de ajudar na diminuição dos efeitos colaterais causados com o uso dos antirretrovirais. Conheça agora todos os benefícios para seu corpo.

Fazer exercício físico:

  • Aumenta a sua qualidade de vida ;
  • Ajuda a manter o número de células de defesa do seu corpo (CD4+), o que melhora a sua resposta contra as infecções;
  • Ajuda a diminuir a gordura localizada na cintura (gordura centrípeta);
  • Melhora a força e resistência muscular do seu corpo;
  • Melhora a coordenação e flexibilidade dos seus músculos;
  • Melhora o funcionamento do seu coração e pulmões;
  • Aumenta a sua absorção de nutrientes e medicações, o que melhora o funcionamento do seu sistema digestivo;
  • Previne seu corpo da lipodistrofia (alteração na distribuição de gordura do organismo) e da osteoporose (perda de cálcio nos ossos);
  • Ajuda a controlar o seu peso, o colesterol e o diabetes (açúcar no sangue);
  • Diminui a ansiedade, estresse e sintomas de depressão;
  • Melhora o seu humor, disposição e autoestima;
  • Melhora a qualidade do seu sono;
  • Melhora o seu convívio social;
  • Estimula a sua adoção de hábitos de vida saudáveis;

Quais os exercícios mais indicados?

Os exercícios físicos indicados para as pessoas que vivem com HIV/aids, de modo geral, são os aeróbicos e os exercícios de força muscular. Por este motivo, a Musculação é considerada a modalidade mais recomendada para os portadores da síndrome, até mesmo pela própria facilidade de monitoramento das condições gerais do praticante. Devem ser associados também exercícios de alongamento e flexibilidade, bem como exercícios que objetivem o incremento do equilíbrio.

Os exercícios aeróbicos como, por exemplo, fazer bicicleta parada, natação, caminhada ou corrida e os exercícios de força muscular (exercícios com pesos) como musculação, são muito indicados porque eles ajudam a melhorar sua capacidade funcional (capacidade de realizar tarefas do dia-a-dia); prevenir a lipodistrofia (desequilíbrio na distribuição de gorduras no organismo) e problemas no coração, redução do colesterol e triglicerídeos (gorduras no sangue).

Para aumentar sua força, fortalecer as articulações, os ossos, massa muscular e diminuir a gordura do seu corpo, pratique:

  • Musculação;
  • Ginástica localizada;
  • Vôlei, basquete, futebol e handebol;
  • Tiros rápido de corrida ou bicicleta.

Para aumentar seu condicionamento físico, a resistência muscular e proporcionar perda de gordura, faça:

  • Corrida;
  • Natação;
  • Ciclismo;
  • Dança;
  • Ginástica aeróbica.

Quanto tempo tenho que fazer de exercício?

De forma geral é recomendado que as pessoas que vivem com HIV/aids pratiquem ao menos: 20 minutos de atividade moderada (andar de bicicleta, caminhada) durante 5 vezes por semana. Ou ainda, 20 minutos de atividade física vigorosa (corrida, natação, futebol) durante 3 vezes por semana.

Ou ainda

No caso de treinamento combinado é recomendado que as pessoas que vivem com HIV/aids realizem por pelo menos 20 minutos de exercício aeróbico (contínuo ou com intervalo) em combinação com o exercício de força (treino com pesos), três vezes por semana, repetindo esse treinamento por pelo menos 5 semanas para alcançar os benefícios.

Figura 1 – Exercícios físicos mais indicados para pessoas que vivem com HIV/AIDS

Exercite-se!

Lembre-se:

  • A preguiça ou cansaço vão diminuir com o tempo;
  • Fazer exercício físico pode ser uma ótima oportunidade para conhecer pessoas e renovar seu ciclo de amizades.
  • Com o acompanhamento adequado ainda que você tenha uma lesão ou doença é possível fazer exercício físico e alcançar os benefícios para sua saúde;
  • E para exercitar-se você não depende de dinheiro. Em diversos países, inclusive no Brasil, desenvolvem-se cada vez mais políticas públicas e programas de saúde voltados para o estímulo e apoio à prática de exercícios físicos para pessoas que vivem com HIV/aids.

Para praticar exercício físico preciso ir à academia?

Se você não gosta de academia ou de malhar em lugares fechados essa não pode ser mais uma desculpa para você levar uma vida sedentária (ausência ou diminuição de atividade física e esportiva). A prática de exercícios físicos ao ar livre pode ser uma alternativa para abandonar o comportamento sedentário. Além de nos conectar com a natureza, realizando algum exercício físico você pode se beneficiar do sol que estimula a produção de vitamina D e que é muito importante para ossos, sistema cardiovascular (coração) e siste­ma imunológico (sistema de defesa do organismo).

A falta de vitamina D no corpo pode causar problemas nos ossos, doenças inflamatórias ou infecciosas, desequilíbrios imunológicos e aumento do risco de câncer. Para evitar a deficiência de vitamina D, além de consumir alimentos ricos em vitamina D e ômega 3 como sardinha, atum, salmão e cavala e sementes como linhaça e chia, é preciso tomar sol frequentemente.

Em função das mudanças no estilo de vida das pessoas, atualmente gastamos muito do nosso tempo em um ambiente fechado. Isso tem feito com que cada vez menos nossa pele tome sol. É importante que além do consumo de alimentos ricos em vitamina D, você tome um pouco de sol, pois só o consumo desses alimentos não é suficiente para adquirir a quantidade de vitamina D que nosso corpo precisa.

Atenção! Sol na medida certa

  • Tome sol antes das 10 horas da manhã e depois da 16h, durante 10 minutos por dia três vezes na semana para a produção da vitamina D;
  • Use camiseta e bermuda para expor os braços e pernas sem o filtro solar nesse curto espaço de tempo;
  • Passe o protetor solar para evitar o câncer de pele, após os 10 minutos recomendados para obter a vitamina;
  • Consuma peixes durante a semana como sardinha, salmão, atum e cavala, eles são ricos em vitamina D e ômega 3.

Qual o melhor horário para fazer exercício físico ao ar livre?

O ideal é que você evite fazer exercício físico ao ar livre no sol entre 10h e 16h quando os raios solares são mais intensos e adote os seguintes cuidados com a sua pele diariamente:

  • Use protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de 30 ou maior diariamente e não somente nos momentos de lazer;
  • Use óculos de sol;
  • Use camiseta;
  • Use chápeu;

Você sabia?

O Grupo de Avaliação e Prescrição do Exercício Físico para Pessoas Vivendo com HIV/aids (GAPE-HIV/aids) desenvolveu no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP/USP) na Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (UETDI) a “orientação e prescrição do exercício físico à distância”. Após o profissional de Educação Física dialogar com o paciente, apresentar um folder explicativo sobre os benefícios da prática regular de exercício físico, firmar o convite para a prática de exercício físico e o paciente demonstrar interesse eles iniciam os trabalhos. Avaliam os pacientes e depois de acordo com o resultado de cada um, orienta-os pacientes sobre os exercícios que podem realizar e como realiza-los. O mais interessante é que a prescrição do treinamento de força ocorre por meio de uma apostila que contém figuras de movimentos corporais, criada pelo GAPE-HIV/aids para o atendimento aos pacientes.

No Monitoramento do Exercício Físico à Distância o profissional de educação física demonstra e pede para você executar os movimentos dos exercícios anaeróbios e de flexibilidade para que você vivencie, e para que eles possam corrigir os erros de postura corporal. Após a vivência e as correções, você pode receber uma apostila com as figuras de movimentos corporais orientados e assim, pode realizar o treinamento de força em sua casa ou onde achar mais conveniente.

Saiba mais: Lendo o capítulo “O desafio da adesão na perspectiva das diferentes profissões da saúde” do livro “Adesão: o presente e o futuro para o controle do HIV/aids”, FUNPEC-Ribeirão Preto.

Saiba mais também em como se exercitar acessando o plataforma “Saúde Brasil” disponível em:

Você poderá encontrar também dicas também em como parar de fumar e ter peso saudável.

O que preciso fazer para alcançar os benefícios dos exercícios físicos?

O ideal é que você tenha um programa de exercícios individualizado, com metas e limites claramente definidos, associado a um monitoramento constante e igualmente programado (programa de monitoramento), pois as pessoas que vivem com HIV/aids, após um período de adaptação (ganho de condicionamento inicial) precisam que as orientações sejam readequadas à nova condição e resposta do paciente à TARV + exercícios.

Cada paciente pode responder ao exercício de uma maneira, dependendo do estado o grau avançado da doença/tratamento. Para isso é essencial o acompanhamento de um profissional de educação física, como único agente de saúde capacitado para a aplicação segura de um programa de treinamento adequado.

Dessa forma, para alcançar os benefícios dos exercícios físicos para o seu corpo, é necessário que você tenha os seguintes cuidados:

  • Consulte o seu médico antes de começar a fazer exercício físico. É preciso que ele avalie a sua condição de saúde e te libere para pratica. Ele pode encaminhar você para uma avaliação física por um profissional de educação física para avaliação e orientação do melhor exercício para você, respeitando seu corpo e suas preferências. Também pode encaminhar você para uma avaliação nutricional. Importante para ajudar você a cuidar do seu plano alimentar (orientações quanto à alimentação);
  • Evite praticar exercício físico sem se alimentar adequadamente;
  • Adote uma alimentação saudável, pois seu corpo é como uma balança e necessita do equilíbrio entre alimentação e exercício físico.
  • Aumente o consumo de líquidos, como água, sucos naturais ou água de coco, antes, durante e após o exercício físico. Beber muito líquido ajuda você repor a perda de água do seu corpo que ocorre através do suor.

Orientações para um bom treinamento:

  • Faça alongamentos antes e depois de realizar exercícios, pois eles preparam a sua musculatura e evitam lesões;
  • Use roupas leves e confortáveis;
  • Use calçados apropriados para proteger desta forma seus joelhos, tornozelos e coluna;
  • Escolha atividades que sejam prazerosas para você;
  • Busque variar sempre que possível, atividades e percursos para não enjoar;
 
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