Saiba mais … serious games

Os resultados do uso destes softwares no cotidiano docente e em pesquisas sob minha orientação e externas a Universidade e, ainda, as parcerias com desenvolvimento de doutorados que tiveram como produtos softwares para o ensino em neonatologia instigaram-nos a criar um jogo simulado por computador para o ensino da temática avaliação clínica, aprofundando a complexidade tecnológica, denominado e-Baby.   

Essa trajetória retratada na produção científica, o interesse na produção de conhecimentos e tecnologias dirigidas à educação em saúde e educação permanente, utilizando sempre que possível as metodologias ativas de aprendizagem.

Destacamos assim, o serious game e-Baby, um grande projeto iniciado no pós-doutoramento de 12 meses no exterior, tecnologia digital simulada finalizada sua primeira etapa em 2012 (e-Baby: avaliação da oxigenação), segunda em 2013 (avaliação da circulação), terceira e quarta etapas findadas em 2015 (necessidades humanas básicas de integridade tecidual e de termorregulação) para o ensino simulado da avaliação clínica do pré-termo. Por sua divulgação e sucesso nos cenários sociais, o e-Baby, além de receber premiações no Brasil e no exterior, tem despertado interesse não apenas dos estudantes da área da saúde e profissionais de unidades neonatais, mas também de pais e familiares sedentos de conhecimento e informação acerca de seus filhos de bebês pré-termo, assim, o projeto do serious game foi ampliado para o “e-Baby – Família” finalizado em 2014 em que os pais escolhem seu avatar e podem, dentre as diferentes opções de atividades desenvolvidas com o bebê recém-alta, no domicílio, aprender com imagens dinâmicas as manobras de desengasgo do filho no momento da mamada e outros sinais que demonstram à família que o bebê apresenta complicações na oxigenação. O serious game simulado e-Baby tem sido utilizado em diversos cursos e nos diferentes âmbitos, da educação em saúde da clientela à formação e educação continuada do profissional de saúde, em projetos de extensão universitária. 

Ampliando as possibilidades de incrementos inovadores no desenvolvimento de games, elaboramos junto à crianças, suas famílias e profissionais de saúde que trabalham DM-1, um game no formato de aplicativo para dispositivo móvel que auxilia a contagem de carboidratos, transformando uma das principais dificuldades das crianças portadoras de DM-1 e seus familiares em algo rotineiro e ao mesmo tempo divertido, fazendo com que esta nova tecnologia cumpra seu papel sendo grande aliada ao autocuidado necessário destes indivíduos e auxiliando na adesão ao tratamento proposto, diminuindo assim consequentemente às possíveis complicações tardias que podem ser causadas por essa doença crônica de difícil controle. O app denominado Carbotower está em fase de testagem e validação e sua criação teve por base o Design Instrucional Contextualizado (DIC), e sua inovação está na possibilidade de acompanhamento que por meio cadastro no app servirá como porta de entrada para usuário dentro do seguimento como ferramenta de identificação em que o profissional, responsável pelo acompanhamento desse usuário, poderá através de um sistema interligado de Application Programming Interface (API) ou "Interface de Programação de Aplicativos", fazer em tempo real o rastreamento e a identificação de todos os dados informados pelo paciente acompanhado. A participação diária de cada usuário gera nessa ferramenta um escore final a partir do número de suas rotinas alimentares inseridas e utilização, o que permite ao profissional de saúde, responsável pelo acompanhamento, a inserção de bônus ou premiação que deve acontecer ao usuário através da sua participação de forma adequada no tratamento proposto.

Outro projeto que merece destaque é a Sala de Vacinas Virtual, game simulado que integra realidade virtual com inteligência artificial, cujo desenvolvimento encontra-se em andamento por meio de mestrado e doutorado sob minha orientação, com potencial financiamento privado, além do público.